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Adultos ficam tempo demais no celular, aponta pesquisa nos EUA

A popularização dos smartphones levou a uma geração de jovens que ficam horas olhando para a tela de um celular. E quando digo jovens, incluo crianças e adolescentes. São jogos, vídeos, redes sociais, troca de mensagens, filmes, séries e até livros na telinha.

Especialistas alertam para os riscos desse comportamento. Um estudo recente feito na Coreia do Sul aponta que mais de 4 horas de tempo de tela por dia pode levar a um quadro de transtornos mentais e estresse.

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Agora, o que muita gente não se dá conta (e aí entra a Psicologia) é que os filhos são um espelho dos pais. Ou seja: se o jovem está muito tempo na tela de um smartphone, talvez você também esteja.

E é justamente isso que aponta uma pesquisa lançada recentemente pelo Pew Research Center, nos Estados Unidos.

Adultos passam tempo demais no celular

De acordo com o levantamento, quase metade dos adolescentes entrevistados disseram que os seus pais já se distraíram com o celular enquanto conversavam com os jovens…

O instituto ouviu 1.453 adolescentes americanos, com idades entre 13 e 17 anos, e os pais deles. A pesquisa foi feita pela internet entre os dias 26 de setembro e 23 de outubro do ano passado.

Os dados sobre os pais

Imagem: Stock 4you/Shutterstock
  • Embora quase 50% dos filhos disseram que seus pais já se distraíram com o celular enquanto conversavam com eles, apenas 31% dos pais admitiram que isso aconteceu.
  • Sim, temos muitos adultos que nem percebem que fazem isso…
  • Cerca de metade dos pais (47%) admitiram que passam muito tempo no smartphone.
  • Apenas 5% acham que gastam pouco tempo nisso.
  • E outros 45% acreditam que passam a quantidade certa de tempo ao telefone (alô, workaholics!).
  • Cerca de metade dos pais disseram que olham os smartphones dos filhos com frequência.
  • De acordo com o instituto, é mais provável que eles olhem pro dispositivo de uma criança mais nova, de 13 a 14 anos, do que de um adolescente mais velho.
  • Quanto tempo as crianças passam ao telefone é o principal ponto de discórdia.
  • Pouco menos de 4 em cada 10, 38% dos adolescentes e pais relataram discutir sobre a quantidade de tempo de tela.
  • O tempo de tela dos jovens, claro. Os adultos muitas vezes não percebem o que estão fazendo…

Os dados sobre os filhos

Imagem: Monkey Business Images/Shutterstock
  • Incríveis 95% dos adolescentes têm acesso a um smartphone e cerca de seis em cada dez afirmam usar TikTok, Snapchat ou Instagram.
  • 51% afirmam que passam tempo suficiente à frente da tela.
  • Outros 38% admitiram que passam tempo demais e apenas 5% acham que passam tempo de menos.
  • O instituto também indagou aos jovens como eles se sentiam quando estavam longe dos aparelhos.
  • 74% disseram ficar “felizes”; 72% “tranquilos”; 44% “ansiosos”; 40% “chateados”; e 39% “solitários”.
  • Apesar de se sentirem felizes quando longe dos celulares, a grande maioria (70%) acredita que os smartphones trazem mais benefícios do que malefícios à vida deles.

Lembrando que essa pesquisa foi feita nos Estados Unidos – embora os números não devam ser tão diferentes assim aqui no Brasil. A não ser os 95% que possuem celular. Por ser um país mais pobre, o Brasil deve ter uma taxa menor nesse recorte.

As informações são do jornal The Washington Post.

Problemas reais

Lembrando que o tempo excessivo de tela pode afetar a saúde mental das pessoas, como mostraram estudos recentes. Além disso, deixar uma criança solta na internet pode levar a uma exposição indesejada – e às vezes criminosa.

Legisladores e especialistas têm alertado sobre a segurança das crianças no ambiente online, especificamente nas redes sociais.

Em fevereiro, o Senado americano realizou uma audiência de quatro horas para perguntar aos CEOs das grandes empresas de tecnologia sobre materiais de exploração infantil, bullying, drogas, violência excessiva e etc.

Embora existam muitas propostas de leis destinadas a proteger as crianças e adolescentes online, nenhuma está perto de ser aprovada.

Você pode ler mais informações sobre essa audiência aqui neste outro texto do Olhar Digital.

Via Olhar Digital

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