Na semana passada, os principais operadores de redes sociais da China, WeChat, Douyin, Kuaishou e Bilibili, pediram que influenciadores com mais de 500 mil de seguidores divulguem seus nomes reais em suas páginas.
A política é voluntária, no entanto, quem optar por não aderir pode enfrentar punições como limite de receita e acesso restrito a novos seguidores. De acordo com o analista Zhang Shule, a iniciativa visa eliminar “comentários perigosos”, sejam ilegais ou controversos, beneficiando as operações das empresas. As informações são do South China Morning Post.
Como surgiu a nova política de redes sociais da China?
A primeira a aderir foi a plataforma de microblogging Weibo, em outubro, tornando obrigatório que influenciadores com grandes números de seguidores revelassem suas identidades. Influenciadores criticaram a medida, alegando não quererem expor seus dados pessoais online.
Tianjinguxia, influenciador financeiro do Weibo com mais de 7 milhões de seguidores, disse em uma publicação que abandonaria sua conta caso tivesse que expor sua identidade. “Não vou deixar uma vida tranquila para trás e me expor online!”, escreveu.
Mas, antes mesmo disso, em julho, a CAC (Administração do Ciberespaço da China), introduziu um conjunto de regras para aumentar o gerenciamento de perfis “self media”, que postam notícias sem administração do governo e afiliados ou da mídia oficial.
Segundo as regras, para fornecer notícias sobre assuntos nacionais e internacionais, políticas públicas e eventos sociais, é necessária a utilização de fontes precisas. Além disso, as contas devem gerenciar o crescimento de seguidores e histórias ou rumores devem ser sinalizados.
As medidas do país contra contas anônimas e fake news não são novidade. Em abril de 2023, o Ministério da Segurança Pública criou uma campanha contra rumores online. Anos antes, em 2015, a China criou uma regra para registrar os nomes reais de utilizadores de serviços online, como blogs e serviços de mensagens instantâneas.