Pesquisadores descobriram que os ursos polares se diferenciaram dos pardos em uma época mais recente do que se acreditava na comunidade científica — há apenas 70.000 anos — e foi mais gradual do que se imaginava.
A adaptação dos polares para sobreviver aos climas hostis apareceu em genes do tipo e da cor do pelo e das funções cardiovasculares permitiu que a espécie pudesse viver nos polos, como nos dias de hoje.
Por meio da análise do genoma de 119 e dois fósseis de ursos polares e 135 ursos pardos, os pesquisadores conseguiram definir que a diferenciação entre as espécies aconteceu há cerca de 70.000 anos.
Os resultados da investigação conduzida por uma equipe de ecologistas moleculares Universidade de Copenhague, na Dinamarca, foram publicados na revista BMC Genomics na última segunda-feira (16).
Foi descoberto que as diferenças entre as duas espécies aparecem não só cor do pelo, mas também em sua estrutura. Os ursos polares têm duas camadas de pelo — uma felpuda, para os manter aquecido e uma externa, para preservar os animais secos.
Além disso, os ursos sofreram alterações nas funções cardiovasculares para conseguir comer carne contendo muita gordura, rica em colesterol. Caso os pardos tivessem uma dieta tão rica em lipídios, eles desenvolveriam doenças cardíacas e morreriam jovens.
A partir destas descobertas, os pesquisadores criaram a hipótese de que as adaptações do urso polar podem ter sido influenciadas pelos animais que viveram durante os estágios finais da última era glacial.
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