domingo, setembro 29, 2024
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Acusado de agressão, Alberto Fernández tem celular apreendido

A Polícia Federal da Argentina realizou uma operação de busca e apreensão, na noite da última sexta-feira, 9, no apartamento do ex-presidente Alberto Fernández. A corporação apreendeu o celular do político peronista, depois de ele ser acusado pela ex-mulher e ex-primeira-dama Fabiola Yañez de violência física e assédio.

O ex-presidente nega as acusações. A imprensa local, contudo, divulgou fotos de Fabiola com o rosto machucado e mensagens em que relata as agressões.

Imprensa publica fotos de mulher do ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández; ele é acusado de violência doméstica
Infobae afirma ter obtido acesso a mensagens trocadas entre Yañez e Fernández; elas indicam que algumas agressões ocorreram em agosto de 2021 | Foto: Reprodução/Infobae

Os promotores federais Carlos Rivolo e Ramiro González pediram a apreensão do aparelho celular de Fernández. De acordo com autoridades argentinas, eles entraram em contato com a ex-primeira-dama para oferecimento de ajuda especializada em violência contra a mulher.

Conforme o jornal argentino Clarín, a apreensão do celular tem como objetivo checar se Fernández manteve contato com a ex-primeira-dama depois de ele receber a denúncia de agressão. A medida proíbe o contato entre a vítima e o suposto agressor.

O Clarín reporta, além disso, que os promotores vão analisar o celular de Fernández em busca de evidências para o caso de violência de gênero. Eles, no entanto, não devem buscar mais informações sobre outras temáticas.

A Justiça decretou que o ex-presidente deve entregar todos os aparelhos eletrônicos em casa. Foi entregue um tablet, afirma o Clarín. A Polícia Federal da Argentina foi ao 12º andar do Edifício Rear View, em Puerto Madero, em Buenos Aires, onde mora Fernández, em um apartamento emprestado.

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Fabiola Yañez está em Madri, na Espanha. Na Europa, ela teve a segurança reforçada a pedido do tribunal argentino.

Caso de agressão contra Alberto Fernández

Javier Milei ; Argentina ; eleições ;
Alberto Fernández está impedido de se aproximar de sua ex-mulher | Foto: Alexandros Michailidis/Shutterstock

De acordo com informações da imprensa argentina, as agressões ocorreram em agosto de 2021, durante a pandemia. A Justiça havia entrado em contato com Fabiola Yañez anteriormente ao encontrar relatos da violência em mensagens no celular de María Cantero, ex-secretária de Alberto Fernández, no âmbito da investigação que apura irregularidades no governo deles.

Fabiola não quis dar continuidade ao processo inicialmente, mas disse em audiência que mudou de ideia e decidiu apresentar a queixa porque vinha sendo ameaçada pelo ex-presidente argentino. Ela formalizou a denúncia na terça-feira 6, em Madri, onde vive atualmente, por videoconferência com o juiz Julián Ercolini, que determinou medidas protetivas.

Alberto Fernández está proibido de sair do país e de entrar em contato com ela. Além disso, o ex-presidente está obrigado a manter distância de 500 metros da ex-mulher. Ainda na terça, ele publicou uma nota nas redes sociais em que negava as acusações.

“Quero expressar que a verdade dos acontecimentos é outra”, afirmou o ex-presidente da Argentina. “Vou dizer apenas que é falso e que jamais ocorreu da forma que agora me imputa.”

Nesta semana, a ex-presidente Cristina Kirchner, que foi vice-presidente de Fernández no governo de 2019 a 2021, se solidarizou com a ex-primeira-dama. Pelas redes sociais, ela denunciou o episódio e afirmou que o machismo e a misoginia não têm bandeira partidária.


Revista Oeste, com informações da Agência Estado



Via Revista Oeste

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