Subiu para 41 o número de vítimas de um acidente envolvendo um ônibus, um carro e uma carreta na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, na madrugada do sábado 21. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Estado.
Dos mortos, 39 eram ocupantes do ônibus, que transportava 45 pessoas no momento do acidente. A Emtram, responsável pelo transporte, informou que três passageiros continuam hospitalizados e outros três já receberam alta. A empresa declarou que o ônibus estava com a revisão em dia e equipado com pneus novos.
Identificação das vítimas de acidente em Teófilo Otoni
Dos 41 corpos, 12 já foram identificados, mas devido ao estado de carbonização, a identificação dos demais dependerá de exames de material genético. A Polícia Civil montou uma força-tarefa em Belo Horizonte para coordenar esses exames, que poderão ser realizados nos Estados de origem das famílias das vítimas.
Peritos continuam no local do acidente coletando evidências adicionais. A busca por imagens de câmeras de segurança está em andamento para esclarecer a dinâmica do acidente e a fuga do motorista da carreta.
A investigação é dificultada pela desativação dos radares na BR-116. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes espera que os radares voltem a funcionar no início de 2025, após estudos técnicos e instalação de novos equipamentos. Este acidente é considerado o mais grave em rodovias federais desde 2007, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Acidente pode ter ocorrido por desprendimento de carga
A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta que o acidente foi causado pelo desprendimento de uma placa de granito da carreta, atingindo o ônibus em um trecho de declive e curva. Este impacto gerou um incêndio no ônibus, resultando em várias mortes por carbonização. Um carro que seguia atrás também se envolveu na colisão.
O motorista da carreta, que ainda segue foragido, está com a carteira de habilitação suspensa desde 2022, depois de uma blitz da Lei Seca. Na ocasião, o condutor se recusou a fazer o teste do bafômetro.
“A suspensão do direito de dirigir do motorista do caminhão provavelmente veio oriundo de uma permissão da carteira de habilitação feita em Mantena (MG)”, afirmou o porta-voz da Polícia Militar Flávio Santiago. A polícia também investiga um possível excesso de peso na carreta, conforme indica a nota fiscal do transporte de pedras do Ceará ao Espírito Santo.