sexta-feira, janeiro 10, 2025
InícioDestaqueAborto ‘é liberação para assassinato’, diz especialista

Aborto ‘é liberação para assassinato’, diz especialista

As discussões em torno da resolução número 258, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que libera o aborto, se estende desde o mês passado. O órgão, que é ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, liberou a interrupção forçada da gravidez em crianças e adolescentes, em 23 de dezembro. Depois de idas e vindas, que barraram a publicação da resolução na Justiça, por meio de recursos de parlamentares, o conselho conseguiu a aprovação definitiva nesta semana. Agora, a decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Enquanto alguns órgãos, como o Conselho Federal de Psicologia, celebra a decisão, outros especialistas a criticam. É o caso de Camila Pinheiro, ginecologista e obstetra. Em entrevista à edição desta quinta-feira, 9, do Jornal da Oeste, ela disse que a decisão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é uma liberação para o assassinato”. “Trata-se de uma camuflagem jurídica de liberação do aborto.”

Decisão do Conanda sobre o aborto é ilegal

Segundo Francisco Cardoso, membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), a decisão do Conanda é ilegal. A Oeste, ele explicou que o conselho “não tem poder deliberativo”. Ou seja, “não pode criar leis ou normas”. O único poder que o Conanda tem é “de dar diretrizes de ação para os conselhos tutelares”.

“Na prática, a decisão foi um ‘jogo de encenação’ porque a resolução, que é uma violência contra a vida e contra as crianças, não tem nenhum respaldo legal, tanto que a Justiça cancelou seus efeitos”, explicou Cardoso.

Outra medida da resolução que intriga os especialistas é que, a partir de agora, não haverá a necessidade da elaboração de um boletim de ocorrência em caso de violência sexual no momento de realizar o procedimento de assassinato do bebê.

Aborto
Conanda também quer que os médicos que se recusarem a fazer o aborto sejam processados | Foto: Reprodução/Freepik

“A menina que foi violentada aparece grávida sem procurar serviços de saúde e sem boletim de ocorrência querer o aborto é um absurdo”, afirma Camila.

Cardoso também critica essa medida. De acordo com ele, as ações que visam a encontrar e prender os estupradores devem ser fortalecidas. “A esquerda defende o estuprador”, disse. “Porque impede, insistentemente, as investigações de estupro.”

Camila, por sua vez, ainda ressalta que há outras maneiras de evitar um aborto, como medicações e acompanhamento psicológico. “Por que tudo isso não é feito?”, pergunta. “Não tem porque não usar esses mecanismo e a pessoa simplesmente definir o aborto.”

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui