domingo, julho 7, 2024
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Abin faz auditoria para rever política de controles de celulares e computadores

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) instaurou uma auditoria para rever os procedimentos de controle sobre os equipamentos da agência, como computadores, celulares e pen-drives.

Segundo informações da Abin, a auditoria em curso é para “implementar melhorias” e “melhorar o processo de controle de ativos”.

“A auditoria foi iniciada em fevereiro, considerando a questão do término do teletrabalho na Agência. A auditoria está em andamento e a conclusão definitiva está prevista para abril, incluindo toda a revisão patrimonial de equipamentos acautelados”, informou a Abin.

O procedimento de revisão foi aberto após a Polícia Federal (PF) apreender, no fim de janeiro, equipamentos com o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Em 25 de janeiro, na operação para apurar um suposto monitoramento ilegal pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a PF apreendeu equipamentos que pertencem à agência de inteligência.

Durante o mandado de busca e apreensão, os policiais apreenderam seis celulares e quatro notebooks, sendo que um celular e um notebook pertencentes à Abin. A PF também apreendeu na casa do parlamentar 20 pen-drives e documentos relacionados ao órgão.

Em uma segunda operação do mesmo inquérito, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), a assessores do político e a assessores do ex-diretor Alexandre Ramagem.

Computadores foram apreendidos nesses endereços, e, segundo a apuração inicial da PF, pelo menos uma dessas máquinas, apreendida na Bahia, pertence à Abin. A agência abriu investigação no mesmo dia sobre esse ponto específico.

A CNN procurou Alexandre Ramagem e a assessoria dele, mas ainda não teve resposta. Em fevereiro, Ramagem falou sobre operação da PF à CNN: “Nada foi feito para que houvesse o monitoramento de pessoas políticas tanto do Legislativo quanto do Judiciário. Não na minha gestão, não sob meu comando, ou sob ordem minha, de maneira alguma”.

Todo agente público, ao se desligar da Abin, precisa passar por um processo formal de desligamento. O procedimento é obrigatório, envolve diferentes frações da Abin e deve ser iniciado pela própria pessoa, que deve informar ao órgão o motivo e a data provável de saída.

Após a formalização, o primeiro passo exigido pela agência é a entrega de todos os equipamentos de informática e de comunicação acautelados. O agente público também deve entregar carteira funcional. Em seguida, o integrante passa por uma entrevista de desligamento com a área de segurança orgânica.

Os registros e banco de dados da Abin são consultados pelas áreas de segurança orgânica, de administração e logística, de gestão de documentos, de pessoas, de correição, de ensino e de tecnologia da informação para verificar se há pendências em nome do servidor. Caso haja alguma inconsistência, o agente público deve procurar a respectiva área para solucionar o item pendente.

Após todos os trâmites, o processo é encerrado com um despacho da área de segurança, que sinaliza para a gestão de pessoal quando o servidor sanou as pendências.

Na data de desligamento informada, a conta de usuário e os acessos lógicos são todos desativados e/ou revogados. Só então, com os acessos removidos e a anuência de todas as áreas consultadas, o servidor obtém a liberação de desligamento e devolve o seu crachá de acesso no último dia de trabalho.

Via CNN

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