segunda-feira, setembro 30, 2024
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Abin espionou jantar na casa de ex-presidente da Câmara, dizem fontes

Um jantar na casa do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, no dia 19 de abril de 2020, teria sido alvo do monitoramento ilegal promovido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo fontes ouvidas pela CNN.

O diretor-geral da Agência nesta época era Alexandre Ramagem, nomeado por Jair Bolsonaro e muito próximo à família do ex-presidente.

“Isso [a espionagem] estava na cara. No dia eles vazaram isso. Mas como o Ciro Nogueira estava no jantar, desmentiu que havia algum assunto do governo”, disse Maia à CNN.

Ciro Nogueira é senador pelo PP. Na época já era presidente do partido, mas não ocupava cargo no governo. Ele só veio a ser nomeado ministro chefe da Casa Civil no ano seguinte, em setembro de 2021.

A CNN ainda não conseguiu contato com o senador Ciro Nogueira para comentar a citação ao nome dele.

O jantar supostamente monitorado na casa do ex-presidente da Câmara ocorreu no mesmo dia em que o ex-presidente Bolsonaro participou de um protesto diante de um quartel do Exército em Brasília, onde manifestantes pediram intervenção militar, o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, Bolsonaro fez um pronunciamento aos seus partidários no local, transmitido em uma live no Facebook, na qual pediu que a população “faça tudo o que for necessário para o país ter o lugar de destaque que merece.”

“Eu tô aqui porque acredito em vocês. Vocês tão aqui porque acreditam no Brasil. Não vamos negociar nada”, disse Bolsonaro.

“Todos, sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar e fazer sua parte para que possamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. O povo no poder. Fazer tudo que for necessário.”

Os manifestantes gritavam “Mito”, “Fora, Maia” e “AI-5”, em referência ao ato institucional que ampliou os poderes da ditadura militar brasileira em 1968. Havia também pedidos de fechamento do Congresso e do STF. A polícia do Exército apenas observou a manifestação.

O advogado Fábio Wajngarten, que defende e assessora Bolsonaro, disse à CNN que o ex-presidente nega “qualquer ilação” que ligue o nome dele às supostas espionagem promovidas pela Abin.

Via CNN

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