segunda-feira, julho 8, 2024
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“A violência no futebol está se tornando uma chaga“, diz presidente do Sport

“Vivemos momentos difíceis, momentos em que a violência no futebol está se tornando uma chaga, problemas que presidentes de clubes não vão conseguir enfrentar. São facções, e algumas delas inclusive com a chegada do crime organizado. Nós não temos o poder da polícia, somos pessoas sem nenhum preparo para o enfrentamento de pessoas como essas”, disse Yuri Romão.

No mês passado, o presidente do Sport foi à Brasília cumprir uma agenda de reuniões, com o objetivo de discutir a violência em dias de jogos de futebol e segurança pública.

Além de se reunir com André Fufuca, ministro dos Esportes, Romão também se encontrou com o Secretário Nacional de Segurança, Mário Sarrubbo, e com o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes.

Yuri Romão reforçou a urgência da criação de um novo projeto de lei no país, e, para isso, sugeriu a realização de um encontro entre os presidentes dos clubes, secretários da Segurança Pública dos estados, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para discutir sobre o assunto.

“Tem que haver de fato um envolvimento de todos os presidentes de clubes […] há necessidade do engajamento de todos esses dirigentes nesse sentido. Não pode haver mais o passar a mão na cabeça de marginais como esses, e ter o apoio, obviamente, da força pública”, explicou.

No dia 22 de fevereiro, o ônibus da delegação do Fortaleza foi atacado quando deixava a Arena de Pernambuco, na região metropolitana do Recife. Na ocasião, o Fortaleza havia empatado com o Sport por 1 a 1, pela quarta rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste.

Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, divulgou vídeo na rede social após o ocorrido, com os jogadores do time machucados. O lateral-esquerdo Gonzalo Escobar foi a principal vítima do ataque, com cortes na cabeça, onde levou 13 pontos, e traumatismo cranioencefálico.

“O jogo foi lindo, a festa foi bonita, a partida foi maravilhosa, excelente, eu saí maravilhado do estádio e fui surpreendido no caminho quando o presidente Marcelo Paz me ligou para me dar a notícia. Automaticamente fui ao encontro da delegação, e fiquei até 5:30 da manhã acompanhando os atletas, só saí do hospital quando o último saiu, o Escobar, prestando toda assistência que precisava prestar, foi o mínimo que nós poderíamos fazer naquele momento”, contou Romão.

Na última terça-feira, 9, o Pleno do STJD puniu o clube de forma parcial no caso do atentado. O Sport ficou impedido de vender 25% da carga de ingressos de quatro jogos como mandante, e o setor destinado à Torcida Jovem, principal organizada do clube, permanecerá fechado. A multa segue estabelecida em R$ 80 mil.

Após o confronto diante do Ceará, o Sport já cumpriu todas as partidas da pena.

“A impunidade que hoje existe está favorecendo esse tipo de ação [ataque ao ônibus do Fortaleza]. A gente vê quando há uma prisão, o delinquente fica cinco dias preso e depois está na rua novamente […] sou radicalmente contra isso. É uma discussão que a gente precisa ter com o próprio STJD, buscar os verdadeiros culpados para que o clube não seja culpado”, finalizou o presidente.

Via CNN

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