Os últimos dias foram de tristeza com as perdas significativas de três gigantes da comunicação esportiva do Brasil. Silvio Luiz e Antero Greco morreram na manhã desta quinta-feira (16). Washington Rodrigues, o Apolinho, nos deixou na noite de quarta (15).
Aos 89 anos, Sílvio Luiz enfrentava problemas renais e estava fragilizado, o que impossibilitava uma hemodiálise. O locutor estava em coma induzido internado no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Horas antes, o Brasil já chorava a partida de Antero Greco, que estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Antero, de 69 anos, lutava contra um tumor no cérebro desde 2022.
Apolinho tinha 87 anos, perdeu a batalha contra o câncer e nos deixou durante o “chocolate” do Flamengo, seu time de coração, sobre o Bolívar pela Libertadores. O radialista estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
Silvio Luiz marcou seu nome entre os narradores do país, mas sua carreira também reservou outras facetas. Ele trabalhou como árbitro, na inauguração definitiva do Morumbi, em 1970, e se aventurou como ator, participando de novelas na TV Record.
Silvio também foi apresentador do programa “Gol Show” no SBT. Foi pela emissora paulista que o ícone narrou a Copa do Mundo de 1994. Silvio Luiz chegou a trabalhar em outras emissoras, como as rádios Jovem Pan e Transamérica, e os canais Rede TV, Grupo Band e Record.
Os bordões que fizeram sucesso por décadas ficarão como legado de Silvio Luiz para a comunicação brasileira. “Olho no lance”, “Confira comigo no replay” e “Pelo amor dos meus filhinhos” são algumas frases eternizadas em sua voz.
Antero Greco começou a carreira jornalística aos 19 anos, em 1974. Mas os torcedores mais novos irão se lembrar para sempre de sua participação no SportsCenter, ao lado de Paulo Soares, o Amigão.
Antero e Amigão fizeram uma dupla de sucesso na bancada do tradicional programa da ESPN Brasil, com piadas irreverentes e comentários leves e bem-humorados.
Com 11 copas no currículo, o apresentador chegou ao canal esportivo em 1994. Antes, Antero passou pela Bandeirantes e pelos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Diário Popular.
Um dos grandes nomes do rádio esportivo, Washington Rodrigues fez carreira nas rádios Globo, Nacional, Guanabara e Tupi, onde comandou o tradicional Show do Apolinho.
Com um jeito único de comentar partidas, Apolinho também teve grandes quadros esportivos, como o tradicional “Geraldinos & Arquibaldos”, e expressões que caíram no gosto popular, como “briga de cachorro grande” e “mais feliz que pinto no lixo”.
Torcedor apaixonado do Flamengo, Apolinho comandou o seu time do coração em 1995, assumindo o cargo de técnico após convite do então presidente e ex-radialista Kléber Leite. Em 26 jogos, Apolinho conquistou 11 vitórias, oito empates e sete derrotas.
Uma das partidas mais marcantes de Apolinho no comando do Flamengo foi na Supercopa de 1995, contra o Vélez Sarsfield. O jogo contra os argentinos virou uma batalha campal após o soco de Zandoná no rosto de Edmundo e a voadora de Romário para defender seu companheiro rubro-negro.