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a mulher mais bonita do mundo completa 90 anos

Brigitte Bardot, uma das figuras mais icônicas do cinema mundial, celebra 90 anos neste sábado, 28. A atriz ficou conhecida como “a mulher mais bonita do mundo”. Brigitte, que estrelou clássicos como E Deus criou a mulher (1956) e O desprezo (1963), abandonou a carreira cinematográfica em 1973, aos 39 anos, para dedicar-se à causa dos direitos dos animais.

Com uma personalidade marcante e controversa, Brigitte influenciou a geração de mulheres dos anos 1960 ao quebrar tabus. Ela aparecia de biquíni ou nua em seus filmes e mantinha uma vida amorosa ativa.

A atriz também defendeu a independência da Argélia, em 1962. No entanto, com o passar dos anos, adotou posições conservadoras e tornou-se uma voz ativa no discurso anti-imigração, apoiando Marine Le Pen, líder da direita francesa.

Brigitte começou a carreira como modelo, aos 15 anos, quando Roger Vadim, então assistente de direção, a descobriu para a atuação. Vadim, que depois se tornaria um renomado cineasta e seu primeiro marido, a apresentou ao mundo do cinema.

Em 1964, Brigitte e seu namorado Bob Zagury refugiaram-se em Búzios (RJ). Eles transformaram a pequena vila de pescadores em um famoso destino turístico internacional.

“Agradeço, mas estou farta desse aniversário”, comentou Brigitte à agência de notícias AFP. “Já estou cansada, porque é um assédio, sou muito requisitada em todos os lugares. Felizmente não faço 90 anos todos os dias.”

História de Brigitte Bardot

Brigitte Bardot em Veneza, em 1958
Brigitte Bardot em Veneza, em 1958 | Foto: Mario De Biasi/Wikimedia

Filha do industrial Louis Bardot, Brigitte teve uma infância confortável em Paris. Durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial, passou mais tempo em casa e desenvolveu interesse pela dança. Aos 7 anos, foi admitida na escola particular Cours Hattemer e, em 1947, ingressou no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris.

Aos 15 anos, começou a trabalhar como modelo e apareceu na capa da revista Elle em 1950, quando Vadim a descobriu e a sugeriu como atriz a Marc Allégret. Depois de um filme não lançado de Allégret, Brigitte foi convidada por Jean Boyer para atuar em Le Trou Normand, em 1952. No mesmo ano, casou-se com Vadim depois de dois anos de namoro, contrariando a vontade dos pais.

Brigitte teve uma vida amorosa intensa. Ela ficou casada com Vadim até 1957 e, dois anos depois, casou-se com o ator Jacques Charrier, pai de seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier. Com Charrier, protagonizou Babette vai à guerra (1959). A fama trouxe consigo a constante perseguição dos paparazzi, o que criou em Brigitte uma aversão à vida pública que perdurou por toda a vida.

Depois do divórcio de Charrier em 1962, o ator ficou com a guarda do filho. Em 1966, Brigitte se casou com o bilionário alemão Gunter Sachs. O empresário a cortejou enviando um helicóptero para despejar pétalas de rosas sobre sua casa. O casamento durou até 1969. Depois de um longo período solteira, em 1992, Brigitte se casou com Bernard D’Ormale, conselheiro político de Jean-Marie Le Pen, líder do partido de direita Frente Nacional.

Relacionamentos famosos

Estátua de Brigitte Bardot no Rio de Janeiro
Estátua de Brigitte Bardot, em Búzios, no Rio de Janeiro | Foto: Chistina Motta/Wikimedia

Entre seus relacionamentos famosos estão os cantores Gilbert Bécaud e Serge Gainsbourg, o bartender Christian Kalt, o escritor norte-americano John Gilmore e o ator Warren Beatty. Durante seu refúgio em Búzios, em janeiro de 1964, Brigitte viveu de forma quase anônima, aproveitando passeios de barco e banhos de mar nas praias locais.

A história de sua estadia ganhou notoriedade mundial, o que transformou Búzios em um destino turístico popular. Em sua segunda visita, de dezembro de 1964 a janeiro de 1965, a imprensa a cercou. A Orla Brigitte e uma estátua em sua homenagem são marcos de sua influência na cidade.

Em 1974, Brigitte surpreendeu o mundo ao anunciar sua aposentadoria do cinema, dizendo-se cansada da profissão e buscando uma “saída elegante”. Com mais de 40 filmes no currículo, recusou diversas ofertas milionárias para retornar às telas. Desde então, dedicou-se intensamente à defesa dos direitos dos animais.

Brigitte fundou a Fundação Brigitte Bardot, em 1986, dedicada ao bem-estar animal, e apresentou o programa francês S.O.S. Animaux, de 1989 a 1992. Ela liderou campanhas contra a caça às baleias, experimentos laboratoriais com animais, brigas de cães e o uso de casacos de pele.

Campanhas recentes e posições políticas

Brigitte Bardot durante uma manifestação a favor da causa animal em Bruxelas, 1995
Brigitte Bardot durante uma manifestação a favor da causa animal, em Bruxelas, em 1995 | Foto: Arnaud 25/Wikimedia

Sua cruzada mais recente é contra o comércio de carne de cavalo. “O presente mais lindo que eu poderia receber, depois de 50 anos de apelos a governos e presidentes, seria a abolição do consumo de carne de cavalo”, disse Brigitte à AFP. “Quando saí do cinema, foi a primeira coisa que pedi. Que não deveriam mais ser mortos ou comidos cavalos na França. Bem, não recebi nada. Teria sido um presente maravilhoso para mim.”

Depois de apoiar Charles de Gaulle no reconhecimento da independência da Argélia, em 1962, Brigitte passou a adotar posições políticas conservadoras. A mudança ocorreu especialmente depois de seu casamento com Bernard D’Ormale. Suas críticas à imigração árabe na França resultaram em processos judiciais e na aversão de parte do público.

Em sua autobiografia, lançada em 1996, Brigitte expressou críticas ao Islamismo. Ela repetiu essas críticas em 2003 no livro Um grito no silêncio, onde também condenou a comunidade LGBT.

Em 2018, Brigitte criticou o movimento MeToo em entrevista à revista Paris Match, afirmando que “muitas atrizes tentam seduzir produtores para conseguir um papel. Depois, quando vão falar sobre o caso, dizem que foram assediadas”.

Via Revista Oeste

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