Você já ouviu falar da Linha de Wallace? Trata-se de uma fronteira invisível localizada entre as ilhas de Bali e Lombok, na Indonésia. Esta região separa as espécies de animais asiáticas das austro-pacíficas, apresentando faunas completamente diferentes em cada um dos lados. O porquê disso, no entanto, sempre foi um mistério (pelo menos, até agora).
Resposta pode estar na questão climática
- O local é estudado há décadas e um novo trabalho pode ajudar a entender o que acontece ali.
- Segundo os pesquisadores, a mudança nas placas tectônicas e uma drástica alteração no clima da Terra, ocorrida há milhões de anos, seriam as razões para a distribuição desigual de animais.
- Os cientistas descobriram que as espécies originárias da Ásia eram capazes de tolerar uma ampla variação de condições climáticas e tiveram mais sucesso ao se adaptar e se estabelecer na Austrália.
- Já o contrário não aconteceu.
- As informações são do History Channel Brasil.
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Mudanças da geografia da Terra permitiu migração de animais
Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho explicam que, se você viajar para Bornéu, não verá mamíferos marsupiais, mas se for para a ilha vizinha de Sulawesi, sim. A Austrália, por outro lado, carece de mamíferos típicos da Ásia, como ursos, tigres ou rinocerontes.
Essa distribuição desigual em ambos os lados da Linha de Wallace se deve em parte às mudanças nas placas tectônicas antigas. Uma “colisão continental” alterou a composição geográfica da Terra. Há cerca de 35 milhões de anos, a Austrália estava localizada muito mais ao sul e conectada à Antártica, afirma o estudo.
Em algum momento na linha do tempo da Terra, a Austrália se separou da Antártica e, ao longo de milhões de anos, derivou para o norte, colidindo com a Ásia. Essa colisão deu origem às ilhas vulcânicas que hoje conhecemos como Indonésia, que serviram como “pontes” para que animais e plantas originários da Ásia chegassem à Nova Guiné e ao norte da Austrália, e vice-versa.