A defesa do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) afirmou na noite da última quinta-feira (14) que acredita na improcedência da ação que pede a perda de mandato dele.
A manifestação veio após o Ministério Público Eleitoral do Paraná dar parecer favorável à cassação de Moro. O senador é acusado de desequilibrar a disputa nas eleições de 2022 ao utilizar da estrutura de partido do tamanho de uma campanha presidencial para se lançar ao Senado, portanto, uma disputa menor.
O advogado Gustavo Guedes afirma, entretanto, que respeita, mas discorda do parecer do Ministério Pública Eleitoral do Paraná porque, na visão dele, as despesas seriam justificáveis.
Guedes defende que há uma falha no processo “na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais (segurança, para não ser assassinado pelo PCC) como despesas pré-eleitorais”.
Em nota, o advogado de Moro ironiza os dados que fundamentaram o parecer. “A boa notícia é que dos 20 milhões inventados pelo PT; e os 6 milhões criados pelo Podemos, já reduzimos para 2 milhões. Seguiremos baixando ainda mais a conta no trabalho de convencimento dos juízes do TRE. A improcedência acontecerá”, disse.
Por sua vez, o advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, saiu em defesa da posição adotada pelo MP.
“Desde o início do processo, os autores foram adjetivados de todo o tipo de leviandades. Nos acusavam de perseguição. Hoje, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, em um parecer atento aos valores fundamentais de nossa democracia, reconheceu a necessidade de procedência de nossa ação e que o Senador violou a lei, trapaceou para vencer as eleições. Temos certeza que a justiça eleitoral do Paraná não se furtará a sua história de intransigência com o abuso de poder, cassando e declarando a inelegibilidade de Sérgio Moro e seu suplente”, disse.
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