Faz algum tempo que os brasileiros respiram ar misturado com fumaça. Em algumas cidades do Estado de São Paulo, por exemplo, imagens captadas por fotógrafos mostram a atmosfera escura e carregada, em virtude dos incêndios e da estiagem.
Em meio a tudo isso, ativistas de esquerda afirmam que esse problema que o Brasil enfrenta está ligado às mudanças climáticas, que seriam provocadas pelo homem.
O climatologista Ricardo Felício, no entanto, diz que essas afirmações não condizem com a verdade. Em entrevista na edição desta sexta-feira, 13, do Jornal da Oeste, ele afirmou que “a estiagem não pode ser atribuída à mudança climática”.
“A estiagem é típica da atual estação”
Ricardo Felício explica que a seca é típica desta atual estação. De acordo com o climatologista, “esse evento aconteceu nos anos de 1963, 1967, 1993 e 2014”. Portanto, segundo ele, “a estiagem sempre apareceu e está dentro da normalidade”.
Sobre a alta da temperatura, Ricardo Felício, que é colunista da Revista Oeste, disse que não vivemos o período mais quente da História, como afirmam os ativistas. Segundo ele, “as temperaturas nos últimos 10 mil anos já estiveram mais altas do que as atuais”. “Houve períodos mais quentes, como o Minoano, o Romano e o Medieval.”
Os incêndios
Em relação aos incêndios, o climatologista afirmou que “há grupos que estão a atear fogo para culpar os pequenos e médios agricultores” e “para impor o discurso de mudança climática”.
“Quando era o outro presidente [Bolsonaro], a culpa era dele”, afirmou. “Agora, a culpa é desse espantalho chamado mudança climática. Tem bastante ideologia sobre isso. Temos que tirar o ranço ambientalista da jogada.”