O principal pedido do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski a Mario Sarrubbo é por integração das polícias e Ministérios Públicos, além do combate ao crime organizado, afirmou à CNN o futuro secretário nacional de Segurança Pública.
“O pedido principal que ele fez é para que eu trouxesse também não só a expertise, mas que eu pudesse trazer a atuação dos Ministérios Públicos estaduais nesse campo da segurança pública e, notadamente, no combate às organizações criminosas. Toda expertise, mas mais do que isso: unir cada vez mais os Ministérios Públicos estaduais e iniciar uma convergência com o MPF, com as forças federais, como por exemplo, Polícia Federal, e polícias dos estados. Esse é o grande pedido do ministro: integração”, disse.
A informação de que aceitaria o convite de Lewandowski para assumir o posto foi confirmada pela CNN ontem (17). Sarrubbo afirmou, no entanto, que a data de início no novo cargo ainda não está definida, uma vez que ele permanece como procurador-geral de Justiça de São Paulo.
Originalmente, o mandato no Ministério Público acabaria em abril, e como seu ingresso ocorreu depois da promulgação da Constituição Federal de 1988, Sarrubbo terá de se aposentar para assumir o cargo no Executivo.
“Claro que abril não existe essa possibilidade, eu vou antecipar, a gente só está discutindo como e quando”, explicou o procurador.
Sobre a equipe que deve ser formada, Sarrubbo afirmou que está “pensando alguns nomes”, mas que ainda deve se reunir com Lewandowski antes de qualquer decisão.
Segundo ele, devem ocorrer “uma ou duas reuniões com o ministro antes do final de semana”.
Em relação à fama de “linha-dura”, o futuro secretário discordou. “Não é verdadeira. Na verdade, é apenas por conta do viés criminal que eu sempre tive aqui na minha atuação”, disse.
O combate ao crime organizado deve ser uma das prioridades do novo secretário.
“Essa é uma questão que toca não só o Brasil, mas, a gente tem visto, a toda a América Latina, a América do Sul em especial. E, portanto, tem que estar esse tema, sim, na nossa pauta”, afirmou.
Desde 2016, Sarrubbo atua junto ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo — experiência que deve ser valorizada no MJSP.
“O que a gente sabe desse campo a gente pretende levar para discussão com os colegas de Ministério, e para discussão em nível nacional, e procurar colaborar para o aprimoramento da segurança pública no Brasil.”
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