Entrevistada por Ludmila Candal e Maurício Noriega, nesta semana em São Paulo, a atleta abordou momentos especiais de sua trajetória, as conquistas de Paris 2024 e Simone Biles. Ela também detalhou toda a emoção sentida na subida ao pódio francês.
A atleta soma dois ouros, três pratas e um bronze na história dos Jogos Olímpicos, à frente de todos os atletas brasileiros que já participaram da competição. As medalhas foram conquistadas em Paris 2024 e em Tóquio 2020. Prestes a retomar sua dura rotina de treinamentos nas próximas semanas, Rebeca traça seus planos para o futuro, enumera os próximos objetivos e fala sobre família e carinho que recebe dos fãs.
Ela diz que almeja ainda uma medalha na paralela: “Olha, eu quero muito uma medalha na paralela. Está faltando a paralela, e eu sinto que vai acontecer. Eu sinto, vamos jogar pro universo.”
Rebeca indica que o seu próximo objetivo é o Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, que acontece em João Pessoa/PB. Sobre o futuro, ela espera para 2025 um ano mais tranquilo para poder recuperar seu corpo, “por isso é importante pensar em um dia de cada vez, porque a gente ainda precisa se classificar para estar em Los Angeles, tem muita coisa pra acontecer”, explica a campeã olímpica, que diz querer estar no pódio nos próximos Jogos Olímpicos, sem importar a cor da medalha: “Eu quero estar no pódio porque eu amo paralela, é o meu aparelho favorito!”
Sobre o carinho que recebe das crianças, ela diz: “É um orgulho enorme. Eu sei disso porque eu lembro com clareza do que a Dai (Daiane dos Santos) representou para mim lá no meu início, e é por isso que eu cuido e trato tão bem das crianças quando elas vêm falar comigo, falam que têm o sonho de ser como eu e tudo mais.”
Rebeca se acha pronta para ser inspiração para a meninada, tal como foi Daiane: “Esses dias eu estava no aeroporto, veio uma criança e começou a fazer um monte de perguntas. Sabe quando você tem o prazer de responder porque vê a curiosidade e sente que o olho brilha? É tranquilo pra mim, eu não vejo como problema, então sim, eu estou preparada.”
Rebeca conta sobre a emoção da conquista da medalha de bronze por equipes: “Eu sou uma pessoa que não chora muito na parte esportiva. É muito difícil eu me emocionar, porque eu não gosto de chorar na frente das câmeras. Eu não gosto de ficar feia”.
No entanto, ela arremata: “Mas eu fiquei muito emocionada pelas meninas. Elas mereciam muito, era o meu maior sonho subir no pódio com as meninas. Então já tinha acontecido em 2023, e a gente conseguiu repetir mais um pódio em 2024 agora na Olimpíada, então foi lindo.”