“Primeiro lugar: nós assumiríamos de uma forma clara se nós tivéssemos feito o convite ao Robinho para participar da confraternização. Nós temos hoje lá o Gallo, o Léo, temos profissionais que foram ligados ao Robinho, o próprio Carille, ou alguém que pudesse ter convidado o Robinho. Ninguém fez o convite ao Robinho. Então ficou claro que nem diretoria e nem departamento de futebol convidaram o Robinho para participar da confraternização. Tanto que ele nem ficou na confraternização. Ele passou, levou seu filho ao lado, no departamento médico, levou o filho e entregou o exame ao médico. O Pedrinho estava na porta do centro de treinamento, e o Pedrinho quis tirar uma foto com o Robinho. Algo isolado, nenhum outro jogador teve nem tempo pra tirar fotos com o Robinho, porque o Robinho não participou da confraternização”, explicou .
O programa CNN Esportes S/A com Marcelo Teixeira vai ao ar neste domingo (10), às 21h15.
Foto com Pedrinho
Pedrinho, atacante do elenco atual do Peixe, que foi acusado de agredir a namorada no ano passado, aproveitou para tirar uma foto com Robinho e publicar nas redes sociais. A postagem foi deletada logo em seguida.
Ao ser perguntado pelo jornalista João Vítor Xavier, se o caso teria algum dano à imagem do Santos, Marcelo Teixeira defendeu o clube. “Nós deveríamos separar o Robinho como atleta, aquilo que ele fez ao Santos, a identidade que ele tem com o título de 2002, com o título de vice-campeão brasileiro, do título de campeão da libertadores, com o que ele hoje responde criminalmente na justiça”, disse o mandatário do Peixe.
Segundo informações obtidas pelo repórter Teo Cury, da CNN, Robinho deve ser alvo de ordem de prisão autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em julgamento 20 de março deste mês. A tendência é que a sentença italiana que o condenou a nove anos de prisão seja homologada e que sua prisão seja autorizada.
“Ele deve responder como homem naquilo que ele fez, e já está respondendo na justiça italiana, e pode ser, nós vamos acompanhar o que será decidido. Mas hoje não há nenhum vínculo, nenhum tipo de trabalho e tampouco nenhuma relação profissional que envolva o Robinho com o Santos Futebol Clube, a não ser o seu passado de glórias”, concluiu Marcelo Teixeira.
Robinho recebeu, em dezembro de 2020, a pena de nove anos de prisão no caso que investigava a violência sexual contra uma jovem de origem albanesa, em 2013. O caso teria ocorrido em uma boate na Itália.
Em janeiro do ano passado, o atleta teve a condenação confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana. Quase um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional.
A acusação utilizou áudio gravado a partir de uma escuta instalada em um carro, que flagrou uma conversa entre Robinho e seus amigos, o que possibilitou confirmar a versão da vítima sobre o estupro coletivo.