sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioPolíticaÀ CNN, padre Júlio Lancellotti diz que Moraes telefonou para demonstrar apoio...

À CNN, padre Júlio Lancellotti diz que Moraes telefonou para demonstrar apoio e solidariedade

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ligou para o padre Júlio Lancellotti na noite de quinta-feira (4) para prestar “solidariedade e apoio”, após o nome do religioso ter sido apontado como alvo de um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo.

A informação foi divulgada pelo próprio padre, em entrevista à CNN.

“Ontem à noite, o ministro Alexandre de Moraes me ligou, eu fiquei muito sensibilizado com essa ligação. Ele manifestou solidariedade, apoio, porque eu conheço o ministro Alexandre de Moraes há mais de 30 anos, desde o seu trabalho aqui em São Paulo, na Secretaria da Justiça e na Segurança Pública”, disse.

“Ele disse que está juntando todas as informações e, para isso também, ia conversar com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que manifestava apoio e solidariedade e, naquilo que fosse necessário, que nós o acionássemos.”

De acordo com o padre, o objetivo da conversa de Moraes com o presidente da Casa, vereador Milton Leite (União-SP), é “entender como é que está funcionando, porque se fala da CPI, mas ela é uma proposta, ela não está nem ainda votada no colégio de líderes e nem no plenário”, segundo ele.  “Ela ainda precisa passar por todo um ritual institucional e, depois, há outras 44 CPIs propostas.”

O requerimento para abertura de CPI é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União-SP) e foi protocolado em 06 de dezembro. A expectativa de Nunes é de que a comissão seja instalada no início do calendário legislativo, em fevereiro.

Na justificativa, o parlamentar afirma que a CPI buscará “examinar as atividades desempenhadas e se elas estão sendo executadas de maneira satisfatória” pelas ONGs que atuam na região da “Cracolândia”, na capital paulista.

Após a declaração do autor do requerimento de abertura da CPI, Lancelloti afirmou que as comissões são legítimas, mas acrescentou que não pertence a nenhuma Organização da Sociedade Civil (OSC), e que as ações da pastoral estão submetidas à arquidiocese de São Paulo.

Lancellotti vem recebendo uma série de mensagens de solidariedade de representantes dos Três Poderes. Um deles foi o presidente Lula (PT), que afirmou nas redes sociais:

“Graças a Deus a gente tem figuras como o @pejulio, na capital de São Paulo, que há muitos e muitos anos dedica a sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua. Que dedica sua vida a seguir o exemplo de Jesus. Seu trabalho e da Diocese de São Paulo são essenciais para dar algum amparo a quem mais precisa.”

Após a declaração de Rubinho Nunes sobre Lancellotti, vereadores passaram a anunciar, publicamente, a retirada de suas assinaturas do requerimento de abertura da CPI. Só na quinta-feira (4), foram quatro anúncios.

Nas redes sociais, o vereador Tammy Miranda (PL) afirmou que o nome do Padre Júlio Lancellotti não foi mencionado – direta ou indiretamente – no pedido de CPI. E reiterou que o projeto não tem o apoio dele se o objetivo é atacar o padre. O parlamentar ainda fez uma transmissão nas redes sociais ao lado do padre, afirmando que jamais assinaria uma CPI com o nome de Lancellotti.

O vereador Sydney Cruz afirmou, por meio das redes sociais, ter muita “admiração, carinho e gratidão pelo Padre Lancellotti”.

O vereador Xexéu Tripoli afirmou à CNN que investigação de casos de suposto mau uso de recursos públicos não pode servir de pretexto para perseguição política e disse que não concorda com o rumo que esta CPI está tomando mesmo antes da sua instalação”.

Já a vereadora Sandra Tadeu (União Brasil) informou ser a favor de uma CPI ampla e que ouça as ONGs e o poder público municipal, estadual e federal e não de uma CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti.

Em nota encaminhada à CNN, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que protocolou o pedido da CPI, afirma respeitar a posição dos vereadores. Mesmo assim, afirmou que ainda há grande apoio na Câmara e que colegas têm manifestado anuência e a CPI das ONGs, que segundo o parlamentar, deve ser instalada.

A Câmara dos Vereadores informou, por meio de nota, que “o tema será tratado no Colégio de Líderes, na volta do recesso parlamentar.”

Via CNN

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui