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8 em cada 10 brasileiros têm medo de assalto quando motos se aproximam

Oito em cada dez brasileiros temem sofrer assalto ao ver uma motocicleta se aproximando nas ruas, segundo um estudo do Instituto Datafolha, divulgado neste sábado, 12.

Realizada entre os dias 1º e 3 de abril, a pesquisa entrevistou mais de 3 mil brasileiros com mais de 16 anos, em 172 municípios espalhados por todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Mais da metade dos entrevistados (55%) afirmou sentir muito medo ao ver uma moto se aproximar. Outros 26% relataram sentir um pouco de medo. Esse temor, em grande parte, está relacionado ao aumento dos crimes cometidos por criminosos em motocicletas, como assaltos rápidos e de difícil prevenção.

Além disso, ao analisar nove situações cotidianas, como esperar transporte público, usar o celular na rua ou permanecer em um ponto de ônibus, o sentimento de medo sempre superou o de tranquilidade.

Entre todas essas situações, ficar sozinho em um ponto de ônibus figura como a segunda mais temida: 50% dizem sentir muito medo, 23% sentem algum receio e apenas 22% afirmam estar tranquilos nessa condição.

A Apple afirma que o processo ignora os benefícios de segurança e privacidade de seu ecossistema iOS | Foto: Master1305/Freepik
O furto de celulares virou comum nas metrópoles do país | Foto: Master1305/Freepik

Outras ações aparentemente corriqueiras também estão associadas a altos índices de temor:

  • Parar em um semáforo com o carro;
  • Ver alguém se aproximando de bicicleta; e
  • Esperar um carro por aplicativo na rua.

Todas essas situações provocam muito medo em cerca de quatro em cada 10 brasileiros.

Perfil do medo de assalto: gênero, idade e renda

A percepção de insegurança é ainda mais acentuada entre mulheres, idosos e pessoas de baixa renda.

  • 66% das mulheres relatam sentir muito medo ao ver uma moto se aproximando, contra 44% dos homens;
  • Entre os idosos com mais de 60 anos, o índice é de 63%, enquanto na faixa dos 16 aos 24 anos, cai para 49%;
  • A diferença por classe social também é significativa: 29% dos que ganham até dois salários mínimos dizem sentir muito medo até mesmo ao frequentar restaurantes — um ambiente considerado seguro por muitos; e
  • Entre os que ganham mais de dez salários, apenas 6% compartilham dessa sensação.
A segurança pública se transformou em tema obrigatório no debate político, tanto no Congresso quanto nas prefeituras | Foto: Arquivo/Agência Brasil
A segurança pública se transformou em tema obrigatório no debate político, tanto no Congresso quanto nas prefeituras | Foto: Arquivo/Agência Brasil

Roubo de celular lidera preocupações constantes

Quando indagados sobre os perigos urbanos que mais os preocupam, os brasileiros apontam o roubo de celular como o mais presente em sua rotina mental:

  • 37% afirmam estar sempre preocupados com esse tipo de crime;
  • O risco de ser atingido por bala perdida preocupa sempre 30%;
  • O medo de agressões físicas é constante para 27%; e
  • Já o sequestro aparece como o menos temido: 44% dizem nunca pensar nessa possibilidade.

Esse padrão também acompanha o recorte de gênero, idade e renda, reforçando que as mulheres, os mais velhos e os mais pobres sentem-se mais vulneráveis à violência.

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A sensação de piora na segurança pública ocorre tanto entre homens quanto entre mulheres, jovens e idosos, pobres e ricos | Foto: Reprodução/ Freepik

A percepção de insegurança

A percepção de insegurança tomou conta do país. Mais da metade dos brasileiros — quase 60% — acredita que a criminalidade aumentou em sua cidade ao longo do último ano, segundo uma pesquisa do Datafolha.

O levantamento, conduzido entre os dias 1º e 3 de abril, ouviu mais de 3 mil pessoas em 172 municípios e confirma o sentimento de vulnerabilidade que atravessa classes sociais, faixas etárias e orientações políticas distintas.

O cenário traçado pelo instituto mostra que a sensação de piora na segurança pública é disseminada tanto entre homens quanto entre mulheres, jovens e idosos, pobres e ricos. Mesmo eleitores com preferências opostas, como os que votam no presidente Lula ou no ex-presidente Jair Bolsonaro, compartilham a impressão de que a violência está em ascensão — ainda que em proporções diferentes.

Via Revista Oeste

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