Equipes da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil) realizaram uma ação de retirada de aproximadamente 500 kg de peixes encontrados mortos, às margens da Represa Billings, em São Bernardo do Campo, nesta terça-feira, 11.
A ação que resultou na retirada dos animais contou com o apoio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), da Sabesp, da Empresa Metropolitana de Águas e Energia e da Polícia Ambiental.
A Cetesb colheu amostras de água e tecidos dos peixes para estudar se há poluição no local e a causa das mortes em massa em um dos maiores e mais importantes reservatórios de água de São Paulo.
O Parque Estoril, onde fica a represa, abriu normalmente nesta quarta-feira, 12. Contudo, manteve a suspensão das atividades aquáticas na Billings.
A qualidade da água captada no Rio Grande, braço separado do corpo da represa, permanece inalterada. Assim, a água fornecida é potável e segura.
A represa atua no abastecimento público dos municípios do Grande ABC e parte de São Paulo, para transferir a água para a represa Guarapiranga e para o sistema do Alto Tietê.
A causa das águas verdes da Billings
O motivo mais provável da cor esverdeada da água na Billings é a proliferação de algas, causada pela baixa vazão de água e pelo despejo de esgoto.
Soma-se a isso as condições climáticas desfavoráveis, como tempo seco e estiagem, que favorecem a multiplicação de microorganismos.
Todo o Estado tem registrado baixa umidade nas últimas semanas por causa das altas temperaturas e da concentração de poluentes trazidos pelas queimadas.
O fenômeno vem sendo observado também em outros reservatórios e rios, como o Rio Pinheiros e o lago do Parque Ibirapuera, na capital paulista.
Essa é a quarta ocorrência de morte de animais registrada no curso de água em cerca de dez meses, segundo o Movimento em Defesa da Vida do Grande ABC.