As enchentes recentes no Rio Grande do Sul criaram uma crise educacional significativa. Cerca de 400 mil crianças, o que representa 50% do total de estudantes da região, estão agora estão sem acesso às aulas. Aproximadamente 1.800 instituições de ensino, entre escolas municipais e estaduais, sofreram danos pelas inundações. Os dados são da Secretaria Estadual de Educação.
Este cenário é mais desafiador do que o enfrentado durante a pandemia, quando as aulas remotas eram uma opção viável, diferentemente da situação atual, onde muitos professores também foram vítimas das enchentes, com suas residências afetadas.
Além das escolas diretamente impactadas pela força das águas, outras que não sofreram danos estão servindo como abrigos temporários para os desabrigados.
Em resposta a essa crise, nesta sexta-feira, 10, a Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul formou um grupo para centralizar o planejamento da retomada das atividades escolares. Esse grupo inclui representantes das escolas, dos municípios e de órgãos de controle.
Colaboração entre órgãos
O vice-presidente de Relações Político-Institucionais da Associação dos Tribunais de Contas (Atricon) e ouvidor do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), Cezar Miola, enfatizou a colaboração entre os órgãos envolvidos.
Miola declarou que os órgãos de controle estão colaborando para orientar os gestores e garantir segurança jurídica nas decisões tomadas.
“Os órgãos de controle estão articulados, procurando orientar os gestores e dar segurança jurídica para a tomada de decisões”, disse.
Até agora, ainda não foi estabelecida uma data para o retorno das aulas nas regiões afetadas.