Os gastos com a campanha do candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, são cinco vezes maiores do que o montante de 2020, quando concorreu pela primeira vez ao cargo.
Agora, o grupo político de esquerda declara um desembolso superior a R$ 55 milhões. Comparado aos R$ 9,9 milhões que sua candidatura passada gastou, esse valor apresenta um aumento de aproximadamente 460%
Em 2020, Boulos fez mais com menos
Em 2020, o partido de Boulos disputava a eleição tendo como aliados oficiais na coligação apenas dois partidos: a legenda Unidade Popular pelo Socialismo (UP) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Naquela ocasião, mesmo com o reduzido número de alianças formais, Boulos foi ao segundo turno contra Bruno Covas (PSDB). O tucano, que morreria anos depois, venceu por uma diferença em torno de um milhão de votos.
PT é o principal financiador
Atualmente, ao menos oito partidos integram a coligação que apoia o esquerdista, entre eles, PT, Rede, PDT, PV, PC do B e PSTU.
Boulos, aliás, tem como candidata a vice na sua chapa a petista Marta Suplicy. Em questão de suporte financeiro, o partido de Marta, por exemplo, é responsável pelo maior repasse financeiro: R$ 44 milhões. O Psol, por sua vez, transferiu R$ 36 milhões à campanha.
O comando da campanha argumenta não ser possível comparar as duas disputas em razão dos momentos distintos. Afirma, por exemplo, que a Covid-19 impôs uma série de dificuldades nas eleições de 2020.
“O contexto era de pandemia. Grande parte dos eventos era online e não havia recursos de fundos partidários e eleitorais como agora”, diz o Psol.
Limite de gastos é de R$ 94,1 milhões
Conforme dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a coligação de Boulos recebeu R$ 81,2 milhões. O limite de gastos que a Justiça Eleitoral determinou é de R$ 94,1 milhões.
Dos R$ 55 milhões que a coligação gastou até aqui, R$ 22 milhões foram para pagar serviços de terceiros; R$ 17,4 milhões em publicidade impressa e digital; além de R$ 7 milhões para mobilizar a militância.