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5 animais que mudam de forma para sobreviver

Ao ser confrontado com um possível predador, um animal tem duas opções, fugir ou se esconder. Mas várias vezes, como diria o ditado “se correr o bicho pega”, e correr pode tornar o animal mais visível para o agressor. Sendo assim são muitos os animais que mudam de forma. Modificando o formato do seu corpo ou até mesmo a suas própria cor para se livrarem de predadores. Vamos conhecer mais?



O mimetismo é uma estratégia bastante útil na natureza. Certos organismos conseguem imitar características do ambiente ou de outros animais para obter vantagens cruciais na sobrevivência. Essa tática evolutiva é especialmente eficiente ao enganar predadores. Seja por meio de cores, padrões ou texturas, o mimetismo fornece uma proteção valiosa

Conheça cinco animais que mudam de forma:

Xenodon neuwiedii

Diogo Luiz, CC BY-SA 4.0 , via Wikimedia Commons

Descoberta na floresta equatoriana em 2006, esta cobra foi recentemente documentada no Zoological Journal of the Linnean Society. A capacidade metamórfica só se tornou evidente, anos depois, quando um segundo espécime foi encontrado. A cobra é capaz de alterar rapidamente sua pele de escamosa para lisa em questão de segundos. Essa mudança é tão rápida que, durante a primeira captura para fotografia, os pesquisadores pensaram ter pegado a cobra errada, já que as escamas haviam desaparecido. Essa descoberta revela a primeira evidência conhecida de uma serpente capaz de metamorfose em um intervalo de tempo tão curto.

Lagarta-da-maçã

Ianaré Sévi, CC BY-SA 3.0 , via Wikimedia Commons

A lagarta que frequentemente é associada à semelhança com o Pokémon Caterpie é a lagarta da espécie Papilio cresphontes, também conhecida como lagarta-da-maçã. Esta lagarta tem uma aparência listrada distintiva, com cores vibrantes que incluem verde, amarelo e laranja. A semelhança com Caterpie reside na presença de grandes olhos falsos na parte traseira da cabeça da lagarta, um traço que lembra a característica marcante do Caterpie na franquia Pokémon.

Ao se sentir ameaçada, a lagarta se ergue, assumindo uma posição intimidadora contra os possíveis predadores. Os olhos na parte traseira se tornam ameaçadores, criando a ilusão de que a parte traseira é a frente do animal, fazendo com que pareça mais perigoso quando se sente ameaçado. Essa é uma forma fascinante de mimetismo e defesa encontrada na natureza.

Choco

Nhobgood Nick Hobgood, CC BY-SA 3.0 , via Wikimedia Commons

Os chocos, parentes dos polvos, são mestres na arte da camuflagem. Podem alterar a cor, o padrão e a textura da pele para imitar seu ambiente. Controlado por neurônios no cérebro, esse processo permite que se misturem ao fundo marinho ou se destaquem para assustar predadores ou atrair parceiros. Alguns chocos até foram apelidados de “cross-dressers” por imitar fêmeas para se aproximar de machos rivais e acasalar-se com as fêmeas.

Veja a sépia em ação no vídeo abaixo:

Polvo mímico

Silke Baron from Vienna, Austria, CC BY 2.0 , via Wikimedia Commons

Descoberto em 1998 nas águas da Indonésia, o polvo mímico é talvez o maior mestre da metamorfose. Capaz de imitar diversas espécies, incluindo peixes-leão, serpentes do mar, águas-vivas e anêmonas, é o único animal conhecido que pode se disfarçar de tantas formas. Além de imitar espécies venenosas para se proteger de predadores, também é conhecido por imitar o sexo oposto de caranguejos, atraindo-os para depois se alimentar. Com notável destreza, é capaz de modificar cor, comportamento, forma e textura conforme as circunstâncias.

No vídeo abaixo, você pode observar algumas das imitações feitas pelo polvo mímico:

Baiacu

Baiacu
Imagem: Aries Sutanto / Shutterstock

Baiacus são peixes que se inflam rapidamente quando ameaçados. Podem mais que dobrar de tamanho ao encher seus estômagos com água ou ar, tornando-se menos atrativos como presa para predadores – quem gostaria de comer uma bola espinhosa? Além disso, muitos baiacus e ouriços-do-mar contêm uma toxina letal, muito mais venenosa que o cianeto, então, se pegos desprevenidos, os predadores muitas vezes não duram muito. A carne desses peixes é considerada uma iguaria no Japão, onde é cuidadosamente preparada.

Via Olhar Digital

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