No Rio Grande do Sul, as chuvas intensas deixaram cerca de 380 mil pessoas sem energia elétrica e 450 mil sem acesso à água. Os dados são da Defesa Civil do Estado e foram divulgados na manhã desta quinta-feira, 9.
O órgão também estima que 425 dos 497 municípios do RS foram impactados pelas enchentes, que começaram no dia 29 de abril. Na última atualização, o número de mortos subiu para 107, enquanto os desaparecidos já somam 136. Cerca de 1,4 milhão de gaúchos foram afetados.
As chuvas também provocaram danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais. Atualmente, são 81 trechos em 47 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.
A previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia indica que entre os dias 10, 11 e 12 de maio, as fortes chuvas voltarão a atingir a região. A maior intensidade será registrada entre o centro-norte e leste gaúcho.
A volta dos temporais afeta diretamente os rios. No caso do rio Guaíba, que banha a capital, Porto Alegre e os municípios de Eldorado do Sul, Guaíba, Barra do Ribeiro e Viamão, o nível da água voltou a subir na manhã desta quinta-feira, mesmo depois de diminuir cerca de 25 centímetros.
Chuvas foram registradas na região ao longo do dia de ontem. Às 5h15 da manhã, o curso d’água estava em 5,06 metros, conforme medição da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Agência Nacional de Águas (ANA). Na nova medição, realizada às 9h15, o nível baixou para 5,03.
Empresários constroem casas para desabrigados no Rio Grande do Sul
Um grupo de empresários gaúchos se uniu para construir casas emergenciais ultra-baratas e de rápida edificação para acolher temporariamente os desabrigados das enchentes no Rio Grande do Sul.
As casas terão um custo de apenas R$ 25 mil, serão erguidas pelas próprias comunidades e terão um tempo de construção de apenas três dias.
A unidade habitacional é feita em madeira, é entregue com toda a parte elétrica e hidráulica, além de pia, chuveiro e sanitário, e tem uma dimensão de 21,6 m2, podendo ser duplicada para unir dois módulos e acolher famílias maiores.
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O grupo de empresários, que preferiu manter reservados os nomes de seus membros, já doou um valor suficiente para construir 240 casas e o estoque de madeira já foi adquirido. O ritmo de edificação dessas habitações será de 20 por dia.