Atuações excepcionais nem sempre estão em grandes filmes. Não é raro um ator entregar um desempenho memorável em uma produção equivocada e de gosto duvidoso.
Talvez uma boa interpretação não consiga salvar um filme ruim, mas pode ser o único motivo para assisti-lo. Pensando nisso, listamos a seguir 10 exemplos disponíveis nos streamings. Confira!
10 grandes performances de atores em filmes muito ruins
Tom Green em “Caindo na Estrada” (2000)
A comédia besteirol “Caindo na Estrada” marca a estreia de Todd Phillips, realizador de “Coringa” (2019), na direção de um longa-metragem. Porém, a recepção crítica do filme não foi das melhores. O consenso aponta que o humor do filme é sem graça, falho e de mau gosto por boa parte de sua duração.
Entretanto, os críticos destacam que os momentos realmente engraçados do longa se devem a um único responsável: Tom Green. A performance do comediante é apontada por muitos como genuinamente hilária e até mesmo capaz de salvar o filme.
Na trama, quatro amigos de faculdade partem em uma viagem para recuperar uma fita comprometedora que um deles enviou por engano para sua namorada.
- Onde assistir:
- Mercado Play (gratuito com anúncios).
Octavia Spencer em “Ma” (2019)
A maior parte da crítica especializada considera o terror psicológico “Ma” um péssimo filme. O consenso aponta que a premissa interessante é prejudicada pelo ritmo irregular, pela história forçada e por soluções tolas. A aprovação do longa no Rotten Tomatoes é de 55%.
No entanto, a atuação de Octavia Spencer recebeu muitos elogios dos críticos, que afirmam que a atriz chega a compensar alguns dos vários defeitos do filme. As mudanças de humor que a atriz emprega em sua personagem foram destacadas por serem divertidas e por ajudarem a retomar os fios da trama.
Na trama, um grupo de adolescentes faz amizade com uma mulher solitária de meia-idade (Spencer), que permite que eles façam festas em seu porão. Porém, quando coisas aterrorizantes começam a acontecer, eles passam a questionar as intenções da anfitriã.
- Onde assistir:
- Netflix;
- Amazon Prime Video.
Alan Rickman em “Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões” (1991)
Com recepção majoritariamente ruim da mídia especializada, “Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões” foi considerado uma grande bagunça de alto orçamento. O consenso crítico apontou o roteiro como criminosamente confuso. No Rotten Tomatoes, a aprovação do filme é de 51%.
No entanto, a atuação de Alan Rickman como o Xerife de Nottingham recebeu muitos elogios. Seu desempenho foi descrito como “genuinamente grandioso” e “maravilhosamente vilanesco”. Rickman recebeu o prêmio BAFTA de Melhor Ator Coadjuvante por sua performance.
Kevin Costner estrela o filme como Robin Hood. A trama acompanha o lendário arqueiro enfrentando a tirania do xerife de Nottingham como um fora da lei, ao lado de um bando de ladrões.
Ana de Armas em “Blonde” (2022)
A cinebiografia “Blonde” faz um retrato ficcional da vida e carreira da atriz Marilyn Monroe. Com direção e roteiro de Andrew Dominik, o longa se baseia no romance homônimo de Joyce Carol Oates.
A recepção da mídia especializada não foi das melhores. Muitos críticos apontaram que o filme faz uma retratação exploradora, sexista, desumanizante e humilhante de Marilyn Monroe.
Porém, a enorme maioria desses mesmos críticos, assim como os defensores do filme, elogiaram a atuação de Ana de Armas como Marilyn Monroe. Alguns dos argumentos apontam que a atuação luminosa e intensa da atriz carrega o filme.
Adam Driver em “Star Wars: A Ascensão Skywalker” (2019)
O terceiro filme da trilogia sequela de “Star Wars”, “A Ascensão Skywalker”, recebeu críticas negativas por contradizer tudo o que o filme anterior, “Os Últimos Jedi”, estabeleceu para a franquia.
Considerado covarde por parte da mídia especializada por ceder aos fãs que não gostaram das novas perspectivas oferecidas no filme anterior, “A Ascensão Skywalker” conta com 51% de aprovação no Rotten Tomatoes.
No entanto, a atuação sólida e cheia de nuances de Adam Driver como o vilão Kylo Ren é amplamente vista pelo público e pela crítica como um dos pontos mais interessantes do filme.
A trama segue os remanescentes da Resistência em um confronto final contra Kylo Ren e a Primeira Ordem, agora aliados ao ressuscitado Lorde Sith Palpatine
Meryl Streep em “Simplesmente Complicado” (2009)
Com roteiro e direção de Nancy Meyers, a comédia romântica “Simplesmente Complicado” não agradou os críticos. O consenso da mídia especializada classificou o roteiro como previsível, apostando em piadas forçadas em vez de sutileza. No Rotten Tomatoes, a aprovação do filme é de 58%.
Por outro lado, Meryl Streep foi extremamente elogiada. Os críticos destacaram sua atuação como cativante e irresistível, rendendo à atriz uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical.
Na trama, Jane (Streep) começa um caso secreto com o ex-marido (Alec Baldwin) dez anos após o divórcio. A situação se complica quando seu arquiteto (Steve Martin) entra na história, formando um triângulo amoroso.
Val Kilmer em “The Doors” (1991)
Sob a direção de Oliver Stone, esta cinebiografia retrata a história da influente banda de rock americana The Doors, com foco no vocalista Jim Morrison.
A recepção crítica do filme foi, em geral, negativa. Os principais defeitos apontados foram a falta de aprofundamento sobre a banda e as imprecisões históricas. Além disso, o longa foi para muitos críticos enfadonho, presunçoso e repetitivo.
Porém, a atuação de Val Kilmer como Jim Morrison recebeu aclamação crítica. Para viver o rockstar, o ator utilizou a técnica de atuação do Método (Method Acting). Para quem não sabe, essa abordagem consiste em se entregar completamente ao personagem, buscando vivenciar suas emoções e comportamentos de forma intensa, até mesmo fora das cenas. O processo pode incluir mudanças físicas, estudo profundo do papel e a adoção dos hábitos do personagem no dia a dia.
Segundo os críticos, Val Kilmer incorporou Jim Morrison de tal forma que, para muitos, parecia ser o próprio músico na tela.
- Onde assistir:
- MGM+ Apple TV Channel;
- MGM+ Amazon Channel.
Michael Fassbender em “Alien: Covenant” (2017)
Parte da franquia “Alien”, “Covenant” é a sequência de “Prometheus” (2012). Assim como o antecessor, o filme foi considerado pálido, esquecível, com personagens fracos e decisões narrativas questionáveis, ficando aquém das expectativas da franquia.
Todavia, a atuação de Michael Fassbender, que interpreta os androides David e Walter, recebeu elogios de muitos espectadores e críticos. A maioria dos especialistas afirma que Fassbender roubou a cena, sobretudo como David, o antagonista do filme, entregando uma atuação dinâmica, bem desenvolvida e assustadora.
A trama acompanha a tripulação de uma nave colonizadora que pousa em um planeta desconhecido com segredos aterrorizantes.
Leonardo DiCaprio em “O Grande Gatsby” (2013)
Baseado no romance homônimo de F. Scott Fitzgerald, “O Grande Gatsby” teve recepção negativa da crítica. O consenso aponta o filme como uma adaptação ruim, barulhenta e rasa, com Baz Luhrmann se apoiando apenas no visual. No Rotten Tomatoes, o longa conta com 48% de aprovação.
Entretanto, Leonardo DiCaprio recebeu elogios por sua atuação como Jay Gatsby. Segundo os críticos, seu carisma e talento sustentam o filme.
Na trama, o aspirante a escritor Nick (Tobey Maguire) se muda para Nova York, torna-se vizinho do milionário Jay Gatsby e é atraído pelo universo de festas extravagantes da Era do Jazz.
Robert Duvall em “O Juiz” (2014)
Considerado um filme fraco e repleto de clichês pelos críticos, o drama jurídico “O Juiz” tem 49% de aprovação no Rotten Tomatoes.
No entanto, a atuação de Robert Duvall como o juiz Joseph Palmer recebeu aclamação da crítica. Por seu desempenho, Duvall recebeu indicações a vários prêmios, incluindo o Oscar, o Globo de Ouro, o Screen Actors Guild Award e o Satellite Award de Melhor Ator Coadjuvante.
Na trama, um advogado (Robert Downey Jr.) retorna à sua terra natal, onde seu pai (Duvall), o juiz local, é suspeito de assassinato.
